Lula abre conselho que vai monitorar pagamento do acordo de Mariana e pede fiscalização contra desvios
Lula no ES: presidente anuncia repasses a famílias atingidas pelo desastre de Mariana O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) instalou nesta sexta-feira (...

Lula no ES: presidente anuncia repasses a famílias atingidas pelo desastre de Mariana O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) instalou nesta sexta-feira (26) o Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba (CFPS Rio Doce). Durante discurso, no Palácio do Planalto, o petista cobrou fiscalização para que possíveis desvios de recursos sejam evitados. "Somos nós, governo, e vocês, moradores da região, que estamos tomando conta dos recursos, sem permitir que haja qualquer desvio desse dinheiro. Isso se chama governar, mais que isso, é cuidar para que o dinheiro do povo seja administrado pelo próprio povo", declarou. 🔎O conselho vai monitorar a reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015, e deliberar sobre os investimentos do fundo de participação social destinado aos afetados. O fundo terá R$ 5 bilhões para serem investidos ao longo de 20 anos, que será destinado a iniciativas de reparação coletiva. No evento, Lula também anunciou investimento de R$ 1,6 bilhão para a construção de novos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) nos 48 municípios afetados e que fazem parte do acordo de reparação. Os investimentos serão para construção e reforma de unidades de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), policlínicas e hospitais. Estão previstas ainda ações de ampliação e capacitação de equipes profissionais, projetos de saúde digital e de telessaúde, além de aquisição de insumos, medicamentos, ambulâncias e equipamentos. Rompimento da barragem O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante cerimônia no Planalto Reprodução/Canal Gov A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015. Cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração destruíram comunidades, contaminaram o Rio Doce e afluentes e chegaram ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos — direta ou indiretamente — e 19 pessoas morreram. Em outubro de 2024, o governo federal, os estados de MG e ES, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as mineradoras envolvidas na tragédia assinaram um novo acordo para a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem. O pacto prevê, ao longo de 20 anos, medidas estimadas em R$ 170 bilhões, divididos em três frentes: R$ 38 bilhões, que, segundo a União, já foram pagos pelas mineradoras; R$ 100 bilhões que serão repassados para os governos de Minas Gerais, do Espírito Santo e para a União; R$ 32 bilhões para ações de indenização e ressarcimento.